Democracia Corinthiana repudia uso de camisa por Bolsonaro: "Desrespeito à nossa história"

"Quem retira direitos dos trabalhadores e promove o ódio não pode, por motivo algum, vestir essa camisa", diz o coletivo

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O coletivo Democracia Corinthiana divulgou uma nota de repúdio nesta quarta-feira (29) contra o uso do uniforme do clube pelo presidente Jair Bolsonaro. Para o movimento, que surgiu na década de 1980 em protesto à ditadura militar, a atitude do ex-capitão é um "desrespeito" à história e tradição do Corinthians.

"Essa camisa representa a luta dos operários, a defesa da Democracia e a voz do povo sofrido e só deve ser vestida por aqueles que se identificam com essa tradição popular", diz trecho da nota do grupo.

"Quem retira direitos dos trabalhadores, promove o ódio, o preconceito, o desrespeito à humanidade, destrói o meio ambiente e abandona nosso povo em meio a maior tragédia humanitária da nossa história não pode, por motivo algum, vestir essa camisa", continuou.

O presidente vestiu a camisa do clube durante encontro com o ex-jogador Marcelinho Carioca no Palácio do Planalto, em Brasília. Bolsonaro, no entanto, é torcedor do Palmeiras e já havia se negado a vestir a camiseta alvinegra outras vezes.

A reação do Democracia Corinthiana, assim como de outros nomes históricos do Corinthians, como Walter Casagrande, fez com que o Banco BMG - principal patrocinador do clube - rescindisse o contrato de Marcelinho, que ostentava até então o título de embaixador da parceria.

Confira a nota completa do Democracia Corinthiana:

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