Em entrevista à Jovem Pan nesta quarta-feira (15), o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a criação de um novo imposto sobre transações digitais, o que seria uma nova nova Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), e também criticou a política ambiental brasileira.
Sobre o novo imposto, Guedes argumentou que a estratégia é "ampliar a base" para diminuir os demais impostos. "Quando você cria uma nova base, você permite que os outros impostos desçam um pouco", afirmou.
"O Brasil é um manicômio tributário, temos impostos demais e alíquotas muito altas. Quem tem poder político consegue desoneração, quem tem poder econômico prefere ir à Justiça e pagar R$ 100 milhões em um escritório de advocacia no lugar de pagar R$ 1 bilhão para a Receita Federal. E eu brinco que tem os trouxas, que somos nós que pagamos os impostos", disse em outro trecho.
Na mesma entrevista, o ministro afirmou que há um "exagero enorme" nas críticas à política ambiental no Brasil. Para ele, o país é vítima de uma politização do tema a nível internacional.
"Há interesses protecionistas. Há países que há muitos anos temem nossa competição no setor agrícola e usam essa crítica para termos ganho de comércio", afirmou.