Demitida da Prefeitura de São Paulo por João Doria (PSDB), em 2018, após divulgação de gravação sobre propina, Denise Abreu foi contratada em março pelo governador como assessora da Secretaria de Governo.
Dois meses depois, foi transferida para a Casa Civil, com o salário de R$ 12,6 mil.
Denise Abreu teve uma gravação feita por uma funcionária da prefeitura divulgada. A conversa revelava suposta preferência por uma das concorrentes na licitação bilionária da PPP (Parceria Público Privado) da iluminação pública na cidade de São Paulo, justamente a que acabou vencedora da disputa, a FM Rodrigues.
O valor do consórcio era de R$ 7 bilhões para cuidar da iluminação de São Paulo. Foi considerada na época a maior PPP do mundo.
Doria, no entanto, afirma que ela "não teve nenhuma condenação em qualquer função pública”. Além disso, o governador diz ainda que ela "colabora com assessoramento e acompanhamento de projetos na área social".
Denise Abreu é amiga de Bia Doria. Ela foi colocada na presidência do conselho do Fundo Social ao lado da amiga, que comanda o órgão. Denise ficou no cargo por apenas duas semanas, sendo retirada no último dia 10, após nota do Painel que revelava sua contratação.
O governo informa que ela também não será mais integrante do conselho, para o qual havia sido indicada para mandato de dois anos no final de junho.
Com informações do Painel, da Folha