O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) criticou duramente em sua conta do Twitter, em dezembro de 2017, a prisão domiciliar. Na ocasião, o filho do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) afirmou que “ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade”.
“Ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade. Infelizmente juízes se utilizam de brechas nas leis para favorecer alguns. É preciso revogar o instituto da prisão domiciliar.”
A mensagem foi postada, conforme lembrança da coluna de Mônica Bergamo, um dia depois que o empreiteiro Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, saiu da cela em que estava, na Superintendência da Polícia Federal, onde ficou detido em regime fechado por dois anos e meio, e passou a cumprir prisão domiciliar em sua casa, em um condomínio fechado de um bairro nobre de São Paulo.
Queiroz amigo do rei
Fabrício Queiroz, acusado de ser o operador do esquema de “rachadinhas” que funcionava dentro do gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se prepara para deixar o presídio de Bangu 8, onde está preso desde o dia 18 de junho, na manhã desta sexta-feira (10).
A concessão de um habeas corpus a Queiroz e à mulher, Márcia Oliveira Aguiar, se deu por decisão polêmica do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, que nos bastidores faz campanha para ser alçado por Jair Bolsonaro a uma das cadeiras que ficarão vagas no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o mandato presidencial do capitão, amigo há décadas do ex-PM, que assessorou Flávio e tem estreitas ligações com a milícia de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro.