De acordo com o Valor Econômico, o executivo do mercado financeiro Gerald Brant, diretor de uma empresa de investimentos em Wall Street e amigo do estrategista americano Steve Bannon, é cotado para assumir um cargo relevante no Ministério das Relações Exteriores.
Ele foi sondado para atuar como uma espécie de “conselheiro” do Itamaraty, como assessor especial e ligado diretamente ao gabinete do chanceler Ernesto Araújo, apurou o Valor. O executivo afirmou que está disposto a se somar como “soldado” e por “algum tempo" mas ainda não teria batido o martelo na sua vinda para o governo Jair Bolsonaro.
Brant é filho de mãe americana e pai brasileiro. Nasceu em Chicago e morou no Rio de Janeiro na juventude e passou parte da infância em Varsóvia, quando a Polônia era parte da União Soviética, e por isso brinca que é “anticomunista desde criancinha”. Seu pai trabalhou no Itamaraty.
Forte defensor do liberalismo econômico e conservador nos costumes, ele foi crucial na organização da primeira visita do então pré-candidato Bolsonaro a Nova York, no fim de 2017, quando o deputado era praticamente desconhecido no exterior.
Amigo do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi ele quem ajudou na aproximação do clã com Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump.
Bannon e Brant organizaram, em março de 2019, um evento em Washington para homenagear o astrólogo conservador Olavo de Carvalho e apresentar sua obra a formadores de opinião de linha conservadora nos Estados Unidos.
No evento, existiu o boné “Make Brazil Great Again”, que foi distribuído aos presentes.