Chamado pela revista IstoÉ em março de 2018 de "empresário que vende de tudo", o secretário de Educação do governo do Paraná, Renato Feder, provável substituto de Abraham Weintraub no Ministério da Educação, já foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo e do Rio de Janeiro por sonegação de R$ 22 milhões em impostos.
Feder é sócio da empresa de tecnologia Multilaser e, de acordo com as procuradorias estaduais, a companhia cobrou valores de ICMS de seus clientes, mas não repassou esses valores aos cofres públicos.
Em nota, a Multilaser afirmou que não recolheu os impostos em questão pois estaria negociando com os Fiscos estaduais uma compensação com valores de precatórios que a empresa tinha a receber dos Estados. Já Feder, que era CEO da empresa e, por isso, é alvo das denúncias, informou que hoje em dia é sócio minoritário da companhia e que as cobranças de impostos são indevidas.
Feder se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (23) no Palácio do Planalto e confirmou que seu nome está sendo analisado para a chefia do MEC.
Coronafeder
À frente da secretaria do Paraná, Feder teria fechado turmas e deixado aulas mais cheias, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).
Em abril desse ano, a APP publicou um artigo chamado “CoronaFeder: veja como esse vírus se tornou letal para a educação do Paraná”. Na publicação, o sindicato aponta que o empresário “tem infectado o sistema público de educação do Paraná e parece querer levá-lo ao colapso para que outra forma de educação privada possa gerenciá-lo”.