O ministro da Justiça, André Mendonça, determinou nesta terça-feira (2) que a Polícia Federal investigue o vazamento de dados pessoais e informações confidenciais do presidente Jair Bolsonaro, de seus filhos e demais membros do governo.
No Twitter, o ministro que substituiu Sergio Moro disse que as investigações "devem apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas".
Os dados pessoais foram vazados nesta segunda-feira (1º) pelo Anonymous, grupo internacional de hackers ativistas. Além do presidente e de seus filhos, também tiveram suas informações pessoais reveladas os ministros Abraham Weintraub, da Educação, e Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) confirmou em seu perfil no Twitter que os dados são verdadeiros. “A turma ‘pro-democracia’ vazou meus dados pessoais e de outros na internet. Após ermos violações do direito à livre expressão, agora ferem a privacidade. Sob a desculpa de ‘combater o mal’, justificam seus crimes e fazem aquilo que nos acusam, mas nunca provam”, disse o filho do presidente.
Também tiveram dados vazados o deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (PSL-SP) e o dono da Havan, Luciano Hang. Entre os dados vazados estão informações como e-mails, telefones, endereços, perfil de crédito, renda, nomes de familiares e bens declarados.
Com a divulgação, internautas fizeram filiações em massa de membros do governo ao Partido dos Trabalhadores (PT). Tanto o presidente quanto seus filhos, assim como o ministro Weintraub, aguardam validação no sistema de filiações do partido.