Advogado que quer evitar delação de Tacla Durán recebeu pelo menos 3 milhões da Petrobras graças à Lava Jato

A contratação do escritório do criminalista René Ariel Dotti pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior reforça ainda mais os argumentos da parcialidade de Moro no julgamento do ex-presidente Lula

A contratação do escritório do criminalista René Ariel Dotti pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior reforça ainda mais os argumentos da parcialidade de Moro no julgamento do ex-presidente Lula.
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Por Joaquim de Carvalho, no DCM

A contratação do escritório do criminalista René Ariel Dotti pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior reforça ainda mais os argumentos da parcialidade de Moro no julgamento do ex-presidente Lula.

Zucolotto Júnior é amigo e padrinho de casamento de Sergio Moro e passou a ser nacionalmente conhecido quando o advogado Rodrigo Tacla Durán o acusou de extorsão.

Segundo Tacla Durán, que prestou serviços para a Odebrecht, Zucolotto exigiu 5 milhões de dólares para conseguir facilidades no acordo de delação premiada que estava sendo negociado em Curitiba.

A Lava Jato acusa Tacla Durán de fazer operações de lavagem de dinheiro, que ele nega.

O contra-ataque de Tacla Durán foi feito no primeiro capítulo de um livro que publicou na internet, Testemunho, escrito em português e espanhol. O texto já não está mais na rede.

Tacla Durán reproduz os diálogos que teve com Zucolotto Júnior entre março e abril de 2016, quando a Lava Jato negociava com ele um acordo de delação premiada.

— Como foi? Fizeram alguma proposta já? — pergunta Zucolotto.

Tacla Durán responde:

— Querem contar em cima um monte de coisa, nada a ver, que não tenho responsabilidade.

— Entendo. Vou encontrar a pessoa por esses dias para melhorar isso com o DD — comenta Zucolotto.

DD é supostamente Deltan Dallagnol.

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