Implicada no esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais, a I9 Minas e Assessoria recebeu R$ 267,2 mil do partido apenas de janeiro a abril de 2020. A empresa é ligada a um ex-assessor do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Alvo de busca e apreensão no ano passado, a I9 foi apontada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como parte do esquema de desvio de recursos de candidatas laranja na eleição de 2018.
A empresa pertence a Reginaldo Donizete Soares, irmão de Robertinho Soares, que foi assessor de Álvaro Antônio por três anos e seu coordenador de campanha em Minas. Robertinho chegou a ser preso durante a operação que investigava o esquema de candidaturas de fachada no PSL.
Durante a campanha de 2018, de acordo com a PF, a I9 recebeu R$ 38,1 mil de duas candidatas ligadas ao ministro do Turismo. A organização, no entanto, não encontrou indícios de que o serviço tivesse sido de fato realizado para as candidatas.
A conclusão da investigação foi que candidatos homens do PSL, como o próprio ministro do Turismo, receberam ilegalmente recursos do fundo partidário repassados pela cota de gênero. Em outubro do ano passado a Polícia Federal indiciou Álvaro Antônio.