Maitê Proença sobre reação de Regina Duarte: "É o que tem pra hoje. Cala boca pra cá, cala boca pra lá"

A atriz lamentou a postura da secretária de Cultura e disse que os artistas estão à míngua

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A atriz Maitê Proença lamentou o episódio em que a secretária Especial de Cultura, Regina Duarte, dá um chilique durante entrevista da rede CNN Brasil após ser questionada pela ex-colega de profissão.

"Eu pedi para ela conversar com a classe, mas ela não quis escutar. E eu acho que é isso que a gente tem para hoje. [...] Diálogo é uma coisa que não existe. É "cala boca" pra cá, "cala boca" pra lá. Eu tentei conversar. Eu penso diferente dela, eu não fiz a mesma opção que ela", declarou Proença.

O comentário foi feito pela atriz durante transmissão ao vivo com a produtora da Inffinito Film Festival, Adriana Dutra, sobre a obra de Domingos Oliveira.

Proença disse ainda que aceitou o convite da CNN Brasil porque acha "está na hora da gente fazer alguma coisa como classe". "O que eu falei foi que a cultura está perplexa com a falta de informação, com esse silêncio abissal em política nesse setor, falei que estamos vivendo em vaquinhas. Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar. Tem milhares artistas que estão à míngua", declarou.

"Enquanto acontece isso, os nossos gigantes estão morrendo. Aldir, Flavio, Moraes, Rubem e o presidente não disse uma palavra e a nossa secretária não disse nada", disse ainda. "O setor que não tem a menor perspectiva. Eu vou ver as reações depois", completou.

A secretária de Cultura se irritou com a participação de Proença na entrevista e chegou a tirar os fones de ouvido. “Eu não quero ouvir, vocês estão me obrigando? Precisei dar um chilique aqui. Pra que estão desenterrando uma mensagem da Maitê?”, disse.

Duarte ainda cantou música da ditadura e relativizou tortura. "Na humanidade não para de morrer gente. Por que as pessoas ficam “ó” “ó”? Sempre houve tortura. Não quero arrastar um cemitério de mortes nas minhas costas”, declarou.