Oposição pedirá investigação contra Salles, Weintraub e Damares, por suas declarações na reunião

Iniciativa também inclui requerimento contra o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, devido à nota na qual sugere ameaças ao STF

Augusto Heleno, Abraham Weintraub, Ricardo Salles e Damares Alves (foto: reprodução)
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Um grupo de senadores e deputados dos partidos PDT, PSB e Rede está organizando um pedido de apuração contra os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Abraham Weintraub (Educação) e Damares Alvez (Mulher, Família e Direitos Humanos), a partir das declarações dadas pelos três durante a reunião ministerial de 22 de abril, revelada no vídeo que foi divulgado nesta sexta-feira (22).

Entre os parlamentares que assinaram os reuerimentos estão o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ), Joenia Wapichana (Rede-RR) e André Figueiredo (PDT-CE).

No vídeo, Salles defende a ideia de aproveitar a pandemia e a prioridade da mídia a esse tema para “ir passando a boiada e mudando todo o regramento, simplificando normas”, o que tem sido entendido como referência a medidas em favor da devastação das reservas ambientais.

Já Weintraub se refere aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) como “vagabundos”, e pede a prisão dos mesmos.

Por sua vez, Damares também pede prisão, mas para os governadores e prefeitos que tomem medidas restritivas, contrariando a postura do Planalto, que é contra o isolamento.

O quarto requerimento apresentado pelo grupo será contra o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, não por suas declarações durante a reunião, mas por uma nota que ele publicou, na mesma sexta-feira, a respeito do pedido de apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, Carlos Bolsonaro, para análise da Procuradoria-Geral da República.

Segundo Heleno, uma eventual decisão nesse sentido seria “inconcebível”, e “demonstração de descaso pelas instituições democraticamente construídas”. O trecho mais preocupante da nota é a última frase, na qual ele diz que tal decisão (caso venha a ser tomada pelo ministro Mello) “poderia ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.