Em debate na GloboNews, Ciro e Amoedo se unem pra atacar Bolsonaro

Para Amoedo, impeachment é única saída; Ciro disse que Bolsonaro promove genocídio do povo brasileiro

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Ciro Gomes (PDT) e João Amoedo (Novo) defenderam neste sábado (2) a saída de Jair Bolsonaro da Presidência. Em debate na Globonews, os dois fizeram duras críticas à atuação do presidente na crise do coronavírus.

Ciro e Amoedo avaliam que o Brasil deveria ter adotado mais cedo o isolamento mais radical, como em outros países, e o governo deve entrar com auxílio financeiro para famílias de forma mais rápida e ampla para compensar os efeitos na economia. No entanto, apontaram os dois, Bolsonaro minimiza os riscos e dá mau exemplo, infringindo o isolamento quase que diariamente.

"Gente correndo na caixa para tirar CPF de criança de dois anos, isso é um genocídio. Quem está promovendo a morte das pessoas é o governo Bolsonaro e os que o apoiam", disse Ciro, cobrando que o governo federal agilize os pagamentos e amplie os valores. Segundo ele, é possível uma gestão mais eficiente do orçamento, que permitiria redirecionar recursos.

Embora o Novo tenha apoiado Bolsonaro em muitos estados e por diversas vezes na Câmara dos Deputados, contando ainda com o Ministério do Ambiente, Amoedo também partiu para o ataque.

"A solução dos nossos problemas, infelizmente, é algo traumático, mas passa pela saída do presidente da República", disse. Para Amoedo, Bolsonaro se valeu na campanha das medidas econômicas de Paulo Guedes e da polarização, "mas a partir do momento que foi eleito, o governo Bolsonaro passou a trabalhar única exclusivamente pensar na sua reeleição".

"A partir do coronavírus, que ele viu que a retomada econômica não ia acontecer, ele passou a minimizar a doença. Depois, buscou atacar as instituições, participando de manifestações pela ditadura militar e, então, adotou uma terceira estratégia, que foi um desenho muito adotado pelo PT: fazer troca de cargos com o centrão, modelo econômico como o do PAC e aparelhar as instituições, que causou a saída do Sergio Moro", afirmou.