O ex-deputado federal Carlos Marun (MDB-MS), que acaba de ser renomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) para o conselho de Itaipu, se notabilizou por dançar para as câmeras, em outubro de 2017, para comemorar a rejeição na Câmara dos Deputados da denúncia contra o então presidente da República, Michel Temer.
Veja o vídeo abaixo:
Marun ficou conhecido também, na Câmara dos Deputados, como integrante da tropa de choque do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso e condenado na Operação Lava Jato. Gaúcho de nascimento, fez carreira política no PMDB de Mato Grosso do Sul.
Logo após o episódio, nomeado ministro-chefe da Secretaria de Governo de Temer, Marun disse ao blog de Andréia Sadi que não se arrependia de ter feito a defesa política do ex-deputado Eduardo Cunha durante o processo que levou à cassação do peemedebista na Câmara dos Deputados, hoje preso pela Lava Jato.
Marun foi indicado por Temer ao cargo de conselheiro em Itaupu, mas afastado em março de 2019.
Sua nomeação foi questionada por uma ação popular e pelo Ministério Público Federal junto à 6ª Vara Federal de Curitiba. Em primeira instância, o pedido foi negado. Na apelação à segunda instância, o relator do processo, desembargador federal Rogério Favreto, suspendeu o ato de nomeação em liminar. No julgamento de mérito pela 3ª Turma do TRF-4, a decisão foi revertida.
Marun está sendo processado por improbidade administrativa quando era presidente da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab). Em denúncia do Ministério Público Estadual, aceita pela Justiça, Marun é acusado, com outros 13 réus, por causar lesão ao erário em valores estimados em R$ 16,6 milhões.