Arthur Virgílio Neto, prefeito de Manaus, chamou Jair Bolsonaro de "assassino indireto" por "incitar as pessoas a saírem às ruas, violando o isolamento social, melhor arma contra a covid-19".
"Para mim, Bolsonaro não passa de um palhaço", disse o prefeito, de acordo com a coluna de Josias de Souz no UOL.
"Bolsonaro é nojento. Não tem o direito de mexer com a memória do meu pai. Não chega aos sapatos dele. Não pode se meter com um homem honrado, que não é da sua laia, chegada a rachadinhas", disse ele, se referindo a afirmações feitas por Bolsonaro no vídeo da reunião ministerial, nas quais atacou o pai de Virgílio, Arthur Virgílio Filho, falecido em 1987.
"Não sei que outras moléstias esse sujeito tem além da mental. Mas há algo no seu coração perverso, capaz de tocar em feridas que estão sepultadas", falou também o prefeito, se referindo à Anistia. "Fiz uma grande amizade com o senador Passarinho, que foi signatário do AI-5, o ato que levou à cassação do meu pai. Passarinho morreu sob a minha tristeza. Eu era mais ligado a ele do que ao Paulo Borssard. Bolsonaro, no entanto, é incapaz de esboçar sentimentos elevados. É um cretino."
Virgílio Neto disse que a família está indignada. Josias de Souza relembrou que "ironicamente, a mulher do prefeito, Elisabeth Valeiko Ribeiro, votou em Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018".
"Analfabeto, Bolsonaro não conhece história. Só decorou a lista de quem foi cassado ou perdeu a vida, e os nomes dos torturadores, que idolatra. No mais, se perguntar quem descobriu o Brasil, ele não saberá dizer", declarou o prefeito.