Por Brasil de Fato
O diretório municipal do PT de Porto Alegre aprovou, no último sábado (9), em reunião virtual, o apoio à candidatura de Manuela D’Ávila (PCdoB) à prefeitura de Porto Alegre e a indicação do nome do ex-vice governador do Rio Grande do Sul, Miguel Rossetto, como pré-candidato a vice-prefeito. A reunião, coordenada pela presidenta do PT de Porto Alegre, Maria Celeste, contou com a participação dos três ex-prefeitos petistas na capital, Olívio Dutra, Tarso Genro e Raul Pont.
Manuela D’Ávila participou do momento final da reunião, acompanhada por lideranças do PCdoB. O presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, disse que “a unidade da esquerda é uma exigência do momento duro e difícil que vive o povo de Porto Alegre”. A presidenta do PT municipal, Maria Celeste, destacou o trabalho feito nos últimos meses para construir o resultado desse encontro do PT. “Priorizamos o diálogo, a construção coletiva, a escuta da cidade e das lideranças, para construirmos a unidade expressa na chapa Manuela e Rossetto”, disse Maria Celeste.
Para Miguel Rossetto, a aliança confirmada pelo PT nesse sábado expressa um compromisso com Porto Alegre, no momento em que a cidade enfrenta uma crise de dimensão nacional e internacional. Manuela D’Ávila também considerou oportuna a aliança entre os dois partidos. “Vem em boa hora para que possamos fazer o mais importante, que é conjugar a resistência ao governo Bolsonaro e suas ações contra o distanciamento social que preserva vidas, com as medidas de solidariedade à parte invisível da cidade de Porto Alegre”.
Críticas do PSOL
Em artigo publicado no Sul 21, a deputada federal e pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre Fernanda Melchionna (PSol) criticou o anúncio, que, para ela, “encerra qualquer possibilidade de uma unidade tão necessária para enfrentar a agenda ultraliberal em Porto Alegre unificando os campos distintos da esquerda que fazem oposição ao governo (dos presidente Jair) Bolsonaro (sem partido), (governador Eduardo) Leite (PSDB) e (prefeito Nelson) Marchezan (PSDB)”. No texto, Fernanda reafirmou a intenção de chapa do PSol ao Paço Municipal, que agora vai buscar “reagrupar as forças sociais e políticas com esse espírito: de uma esquerda antirregime com capacidade de mostrar um caminho alternativo e que busque, já na chapa, nomes da sociedade que ampliem e fortaleçam uma novidade nesse processo eleitoral”.