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O antigo assessor de Carlos Bolsonaro (Republicanos), Luciano Querido, foi nomeado presidente substituto da Fundação Nacional das Artes (Funarte), na última quarta-feira (6). Bacharel em Direito e webdesigner, Querido vem trocando de cargo e tendo o salário aumentado no órgão desde que se reaproximou da família Bolsonaro, em março, após ser visto como ameaça por muito tempo.
Querido entrou em contato com o clã Bolsinaro ao ser contratado para fazer o material gráfico da campanha eleitoral de 2002 para a família. Depois do trabalho, foi nomeado como assessor no gabinete de Carlos Bolsonaro, mas prestava serviços para outros membros da família. Ele foi responsável por lançar as páginas do atual presidente e seus filhos nas redes sociais.
Contudo, em 2017, Querido se afastou da família após ser chamado por Jair Bolsonaro, à época deputado, de “elemento", em um vídeo onde o atual presidente desaprova conduta do assessor. "Há poucos dias passou por aí um elemento de nome Luciano usando do meu nome. Pediu dinheiro para muito de vocês para financiar sua viagem, bem como material de campanha. Deixo bem claro: essa não é a forma de captar recursos", disse Bolsonaro no vídeo.
Ele passou, então, a ser visto como ameaça pela família e seus aliados, que temiam que o assessor portasse arquivos e documentos comprometedores sobre operações no gabinete.
No último dia 31 de março, porém, Querido foi nomeado diretor do Centro de Programas Integrados da Funarte (com salário de R$ 10.373), aproximando-se novamente de Bolsonaro. Na última segunda (4), foi promovido a diretor-executivo da fundação, com aumento de mais de R$ 3 mil no salário. Já na quarta (6), após anulação da nomeação de Dante Montovani, passou a exercer o cargo de presidente substituto do órgão. No novo cargo temporário, Querido deve receber R$ 16.944.
Segundo a Folha de S. Paulo, a Funarte informou que o ex-acessor não dará entrevista sobre o tema.