A publicação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que usou a Turma da Mônica para atacar a China dizendo que ela obteria benefícios da pandemia da Covid-19 irritou a Maurício de Sousa Produções, detentora da marca.
"Não autorizamos o uso de nossos personagens nessa postagem. A Mauricio de Sousa Produções tem uma relação de muitos anos de amizade e admiração com o povo da China. [...] Há 60 anos, a Turma da Mônica preza pela amizade entre todos os povos e continuará sendo assim", diz trecho da nota publicada nesta segunda-feira (6).
"A nossa primeira publicação naquele país foi justamente sobre o descobrimento do Brasil. E, por aqui, fizemos um "Saiba Mais!" (nossa publicação que aborda diversos assuntos educativos) para mostrar um pouco da rica História da China para os leitores brasileiros", afirma ainda a produtora.
Em sua conta pessoal na rede, Weintraub postou a capa de uma edição do gibi que se passa na China, e usou a fala típica do personagem Cebolinha, que troca o R pelo L, para ridicularizar a forma com a qual imigrantes asiáticos falam português.
Em nota publicada no Twitter, a Embaixada da China disse que Weintraub fez declarações “difamatórias” sobre o país ao associá-lo ao coronavírus. “Deliberadamente elaboradas, tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”, diz o texto.
“Instamos que alguns indivíduos do Brasil corrijam imediatamente os seus erros cometidos e parem com acusações infundadas contra a China”, finaliza.