A provável desistência da Boeing em comprar a Embraer pode levar a empresa brasileira a se aproximar de parceiros chineses, o que faria com que seu futuro possa estar comprometido com outra potência internacional.
A possibilidade foi reforçada nesta terça-feira (28) por declarações do vice-presidente Hamilton Mourão, que qualificou a possibilidade de negócio com os chineses, após a saída da Boeing, como uma “bênção disfarçada”.
“Temos o know-how, eles (a China) têm a demanda. Isso mostra mais uma vez que um casamento (com a China) precisa continuar, porque é um casamento inevitável”, argumentou o vice-presidente.
A Embraer também anunciou, nesta segunda-feira (27), que iniciará um processo de arbitragem contra a Boeing, em função do cancelamento, de forma súbita, de um acordo de 4,2 bilhões de dólares.
A Boeing registrou recentemente uma forte queda no valor das suas ações, o que levou a perdas de 7,5%. Por essa razão, decidiu retroceder em sua intenção de comprar a empresa brasileira, que esperava vender 80% de sua unidade de aviação, e se beneficiar do poder de marketing da fabricante estadunidense para aumentar as vendas.