Mesa Diretora do Senado declara perda de mandato de juíza Selma, a "Moro de Saias"

Cassada por caixa 2 e abuso de poder econômico em sua campanha, a senadora admitiu que fez os gastos, mas que não era obrigada a declarar as despesas no período

Foto: Pedro França/Agência Senado
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A Mesa Diretora do Senado oficializou cassação do mandato da senadora Juíza Selma (Podemos-MT), depois de quatro meses do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A decisão, que será comunicada ao plenário ainda nesta quarta (15), foi tomada por cinco votos a um. O único voto a favor veio do 2º vice-presidente da Casa, Lasier Martins, também do Podemos. Davi Alcolumbre, presidente do Senado, não votou. Para que a senadora seja afastada, a decisão deve ser comunicada ao plenário e publicada em diário oficial.

Selma Arruda foi cassada pelo TSE em dezembro, mas ganhou uma sobrevida de quatro meses no cargo e seguiu recebendo salários e os demais benefícios.

Cassada por caixa 2 e abuso de poder econômico em sua campanha, a senadora admitiu que fez os gastos, mas que não era obrigada a declarar as despesas no período.

Lasier Martins apresentou na Mesa do Senado um pedido de vista do processo, pedindo mais tempo para análise e argumentando que o julgamento foi fora do padrão da Justiça Eleitoral. O parlamentar argumentou também que a Mesa não poderia se reunir virtualmente.

Pelo mesmo placar, 4x1, o adiamento foi negado. "É preciso atenção para o casuísmo do processo. Diferentemente de dezenas de políticos poderosos já com denúncia no Supremo e com processos parados, a senadora Selma foi magistrada, colocou grandes personagens da política mato-grossense na cadeia, inclusive governador, e por discriminação ou vingança teve um processo ultra rápido", disse Lasier Martins sobre a decisão.