O ator José de Abreu participou do Fórum Debate desta terça-feira (14) sobre o "Brasil de Bolsonaro visto do exterior" e comentou sobre suas perspectivas do governo do presidente Jair Bolsonaro como um residente do exterior.
Zé, que está vivendo na Nova Zelândia, fez uma comparação entre o presidente brasileiro e a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern. A atuação de Ardern tem sido muito elogiada por conseguir manter o vírus sob controle e manter a humanidade. "Ela está tendo um comportamento maravilhoso. Pelo que eu entendo de Nova Zelândia, ela é adorada aqui", afirmou.
"Aqui não foi quarentena não, foi lock-down mesmo, para tudo e polícia na rua. Só não está fechado supermercado, farmácia e mercadinhos", relatou.
Abreu lamentou sobre a diferença de postura entre a premiê e Bolsonaro."Como é que pode ter dois mandatários tão diferentes como a Jacinda aqui e o mentecapto capitão aí. É muito louco isso, ele está virando a piada internacional. Piada mórbida. Todo undo já abandonou o negacionismo, mas ele continua", disse.
"Talvez o bolsonavírus seja pior do que o coronavírus. Porque o bolsonavírus atinge o cérebro. Transforma o cérebro em uma coisa amorfa. O cérebro vira cocô e a pessoa vira um autômato. É muito mais sério que o coronavírus", declarou. "O bolsonavírus faz as pessoas acharem que o coronavírus é uma invenção dos comunistas do mundo inteiro", completou.
Questionado sobre como vencer o "bolsonavírus", Abreu disse que "só o voto pode acabar com o vírus" e que a possibilidade de um impeachment é "muito difícil de se analisar". "Eu tenho a esperança que pode haver uma renúncia, ele não deve aguentar por muito tempo. A impressão que dá é que ele está apodrecendo", disse ainda.
O ator ainda se emocionou no final da conversa em razão do complicado cenário que o Brasil parece ter pela frente diante da epidemia do novo coronavírus.
O debate contou ainda com a participação do editor da Fórum, Renato Rovai, e foi medido pelo jornalista Lucas Rocha, da sucursal do Rio de Janeiro da Fórum.
Assista ao debate na íntegra: