Acuado com o cerco sendo fechado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, que identificou funcionário de seu gabinete criando perfis para propagar mentiras nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) alegou que está sendo vítima de "censura" no Conselho de Ética e Decoro Parlmanetar da Câmara, que foi acionado contra ele pelo próprio PSL.
"É na internet onde as pessoas ficam mais tranquilas para expressar aquilo que está no coração delas. E só de pensar, imaginar, que a gente possa ter alguém regulando o que será ou não postado, isso por si só já é censura", disse o filho de Jair Bolsonaro, que recentemente defendeu um novo AI-5 no Brasil.
Eduardo foi acionado no Conselho de Ética pelo PSL por publicar imagem de uma nota de R$ 3 com o rosto da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) junto à hashtag #DeixeDeSeguirAPepa em meio à guerra interna pelo comando da sigla - e das verbas do fundo partidário.
O filho de Jair Bolsonaro reclamou ainda que 7 dos 8 casos analisados pelo Conselho de Ética nesta terça-feira (10) foram de deputados do PSL, indiciados pelo próprio presidente da sigla, Luciano Bivar, ex-aliado de Jair Bolsonaro.
"Eu lamento que a gente venha trazer para essa comissão algo que deveria ser tratado internamente, dentro do PSL. Uma notória perseguição", disse.
Na manhã desta quarta-feira (11), Eduardo Bolsonaro voltou a criticar a CPMI das Fake News, que segundo ele quer censurar as redes sociais.
"Todos sabemos que no final virá um "maravilhoso" relatório da CPMI das Fake News sugerindo algum controle das redes. A luta não é para mim, é para todos poderem se expressar, inclusive os que são contra mim", tuitou.