Surto do coronavírus derruba preços de commodities brasileiras

Desde meados de janeiro, a cotação de produtos importantes para a balança comercial brasileira despencou: a soja em grão caiu 5,13%, o petróleo 15,5% e o minério de ferro 14,3%

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O surto do novo tipo de coronavírus está afetando fortemente a economia chinesa, e quando a economia chinesa sofre, muitas outras acabam sofrendo as consequências. E a economia brasileira pode ser uma dessas que vai sofrer por tabela, já que a potência asiática é a maior compradora de commodities nacionais. Desde meados de janeiro, quando a propagação da nova versão do vírus (2019 n-CoV) alcançou proporções mais alarmantes, a cotação de produtos importantes para a balança comercial brasileira despencou: a soja em grão caiu 5,13%, o petróleo 15,5% e o minério de ferro 14,3%. Para se ter uma ideia de como essa queda pode afetar a economia brasileira, basta dizer que, em 2019, esses três produtos foram responsáveis por 78% das vendas brasileiras para o exterior, e trouxeram 177,3 bilhões de dólares para o país. Além disso, a China compra 64% do minério de ferro produzido no Brasil, e um abalo nessas vendas poderia ser desastroso. Como comparativo, podemos falar do Chile, economia que depende da venda do cobre (muito mais que o Brasil do minério de ferro), a imprensa local já fala, com muita preocupação, em que a China estaria suspendendo as compras do produto nos próximos meses. Se isso for confirmado, seria provável supor que medida similar seria tomada com relação ao minério de ferro brasileiro.
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