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O programa Clube de Descontos, proposto pelo Ministério da Economia como alternativa à falta de reajuste salarial aos servidores, está sendo questionado em sua capacidade de proteger informações sigilosas dos beneficiados.
O sistema criado para gerenciar o programa, no qual estão cadastrados cerca de 1,2 milhão de funcionários, possui falhas graves, que deixariam expostas informações diversas de todos os servidores, e até mesmo dados considerados ultrassigilosos, como o local onde estão infiltrados policiais federais e agentes secretos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), por exemplo.
As denúncias a respeito foram entregues ao Ministério Público e ao (Tribunal de Contas da União). O secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, responsável pelo programa, foi convocado a prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados, e afirmou estar seguro de que “não haverá qualquer tipo de problema” com as informações que estão no sistema.
Porém, as denúncias apresentadas ao TCU desmentem isso. Uma delas inclui um print de uma tela que mostra todos os dados de um agente da Abin, que em uma pesquisa a partir do seu número de CPF, o mostra como lotado na UnB (Universidade de Brasília), registrado como vigilante – cargo normalmente realizado por funcionários terceirizados.
[caption id="attachment_206303" align="alignnone" width="300"] Dados de agente da Abin lotado na UnB (foto: reprodução/Clube de Descontos)[/caption]
Mesmo diante dessas acusações, a diretora do Departamento de Remuneração e Benefícios do Ministério da Economia, Ana Carolina Dal Ben, garantiu, em entrevista ao Portal do Servidor, que “nenhuma empresa terá acesso à base de dados pessoais, será uma escolha do servidor se inscrever nos clubes credenciados, assim como ocorre em um cadastro on-line de site de compras”.
Com informações do Metrópoles