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O PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro, investiu R$ 340 mil de seu Fundo Partidário, que é dinheiro público, em uma advogada para que atuasse no diretório da legenda em Minas Gerais. A contratação veio apenas duas semanas depois da revelação do escândalo das candidaturas laranjas, em fevereiro.
O primeiro acordo com Fernanda Lage Martins da Costa previa o gasto de R$ 250 mil. No entanto, cinco meses depois, o valor foi reajustado com um acréscimo de R$ 90 mil. De acordo com o contrato, o objetivo seria fazer "assessoria e consultoria jurídica de 'compliance' (advocacia preventiva)" para a sigla em Minas, auxiliando a "elaboração de procedimentos internos, regulamentos, decisões e código de condutas" com o objetivo de mapear e gerir "riscos de infrações legislativas".
Com isso, advogada passou a atuar na defesa das candidatas do PSL Lilian Bernardino, Débora Gomes, Naftali Tamar e Milla Fernandes, denunciadas pelo Ministério Público sob acusação de participar de esquema de candidaturas fictícias comandado pelo atual ministro do Turismo de Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio. O presidente da sigla, Luciano Bivar, também foi investigado.
Os gastos do PSL com dinheiro público se multiplicou ao longo do tempo, tendo o partido adquirido artigos de luxo, como carro de R$ 165 mil e poltronas de R$ 3.600. No entanto, a partir de 2019, com Jair Bolsonaro no poder, a sigla passou a ter direito à maior fatia do Fundo Partidário e pulou de menos de R$ 700 mil para cerca de R$ 9 milhões ao mês. Os gastos com advogados quase dobrou após a posse do ex-capitão.