Este domingo (23) de carnaval foi marcado, entre outras tantas coisas, pelo almoço entre os governdores de São Paulo, João Doria, e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que terminou com o paulista confessando sua preocupação com a greve das polícias militar e Civil do Ceará, e a propagação de movimentos semelhantes Brasil afora.
Além de considerar a greve dos cearenses é “ilegal”, Doria mostrou temor por uma possível reprodução do movimento em outros estados, e criou um verbo novo para expressar esse medo. “A ação de miliciar a polícia, e miliciar esse processo (de negociação salarial), sob qualquer justificativa, é um risco, e afronta a Constituição, afronta a democracia”, reclamou o governador.
Surpreendendo os acostumados com o estilo tucano, Doria admitiu que a reivindicação de por melhores salários, no caso dos policiais, é sim legítima, e disse que não concorda apenas com os métodos dos grevistas.
Vale destacar que a resposta temerosa de Doria surgiu diante de uma sobre se ele considera que Jair Bolsonaro é responsável pela politização do conflito entre as polícias e os governos estaduais, a qual o governador respondeu fugindo do tema principal, que poderia levar a uma crítica ao presidente, seu outrora aliado e hoje inimigo.
“Esperamos que o governo federal saiba colocar isso dentro de um sentimento institucional que não eleve ainda mais essa perspectiva”, afirmou, o governador de São Paulo.