O sub-procurador Lucas Furtado solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) providências para investigar gastos "altamente indecorosos" do ministro da Economia, Paulo Guedes, com pagamentos de diárias e passagens aéreas.
Na representação, Furtado cita dados divulgados nesta sexta-feira (14) pela Folha de S.Paulo, que Guedes fez um total de 60 viagens "bancadas com dinheiro público" em 2019. Dessas, "38 aconteceram a partir de quinta-feira, tendo como destino o Rio de Janeiro". Segundo Furtado, são gastos "altamente indecorosos".
"O princípio da moralidade, independentemente de eventuais autorizações legais quanto às despesas em questão, já deveria bastar para conter [essas] ações", diz o procurador.
Furtando diz ainda que "a relação de viagens e diárias de Guedes contrastam com a suposta e indevida facilidade das 'domésticas' para custearem, com recursos próprios, suas viagens de lazer" e levanta alguns pontos a serem investigados.
"As viagens que coincidiram com os finais de semana, atenderam interesse público ou privado. Seria legítimo, legal e adequado do ponto de vista moral o pagamento de indenização por despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana quando o beneficiário, que já recebe auxílio moradia por não residir em Brasília, se desloca até a cidade onde têm residência".
Com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo