O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi ao plenário da Câmara na tarde desta quinta-feira (13) defender o depoimento do ex-funcionário da empresa Yacows, Hans River do Rio Nascimento, na CPMI das Fake News, e atacar a jornalista Patrícia Campos Mello.
Segundo o parlamentar, não cabe a ele "virar as costas" para Hans e disse ver sentido no depoimento acusado de falso testemunho.
Ele ainda afirmou que não faria sentido defender a jornalista por ela ser mulher já que Hans é negro. "Ora, se eles estão defendendo uma mulher, eles estão indo contra um negro. Eu prefiro me ater aos fatos e me pareceu muito convincente o senhor Hans", disse.
"E tô me lixando se os grandes especialistas, intelectuais da imprensa, tão dando porrada em mim, querendo dizer que o problema sou eu. Não, o problema são vocês", afirmou. "Eu não vou desistir, o nosso coro é duro", disse ainda.
Segundo o parlamentar, foi um "plano muito bem arquitetado" pela Folha de S. Paulo e pelo PT para condenar as declarações de Hans.
Em seu depoimento na CPMI das Fake News, o ex-funcionário, além de acusar a jornalista Patricia Campos Mello de se insinuar sexualmente com o intuito de conseguir informações, disse que a matéria foi baseada em mentiras.
O jornal, então, expôs prints de conversas de Whatsapp, documentos e áudios que mostram que, ao contrário do que disse Hans, ele de fato forneceu informações sobre o disparo de mensagens à jornalista. Confira aqui.
O próprio presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, condenou o depoimento. “Dar falso testemunho numa comissão do Congresso é crime. Atacar a imprensa com acusações falsas de caráter sexual é baixaria com características de difamação. Falso testemunho, difamação e sexismo têm de ser punidos no rigor da lei”, declarou.