O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que em breve será substituído, exonerou nesta terça-feira (12) o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Ronaldo Nogueira. Decisão vem poucos dias depois da Polícia Federal iniciar uma operação que coloca Nogueira como suspeito de ter desviado R$ 50 milhões nos cofres públicos.
O esquema de corrupção aconteceu no extinto Ministério do Trabalho, durante os anos de 2016 e 2018, período que marcou o pós-golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff. Além do ex-presidente da Funasa, Pablo Tatim, ex-assessor de Onyx e o ex-deputado federal Jovair Arantes são alguns dos outros alvos da nova operação.
Nogueira se aproximou do governo Bolsonaro por sua ligação com os evangélicos, uma das bases de apoio do presidente. Ele era especialmente próximo de Onyx e do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Em nota, Nogueira disse que pediu demissão do cargo por conta das "ilações" sobre seu nome. "Em virtude das notícias veiculadas na imprensa nacional nos últimos dias, com ilações sobre o meu nome, tomei a decisão individual de apresentar meu pedido de demissão do cargo de presidente da Funasa – Fundação Nacional de Saúde", escreveu.