De ex-deputado pelo PSDB do Rio Grande do Norte a braço direito do "superministro" da Economia, Paulo Guedes - que classificou os funcionários públicos como "parasitas" -, Rogério Marinho recebeu R$ 189 mil para participar de 11 reuniões no Serviço Social do Comério (Sesc), entidade do Sistema S onde o "posto Ipiranga" de Jair Bolsonaro prometeu "passar a faca".
Os valores que fizeram dobrar o salário de Marinho são recursos públicos já que o sistema S recebeu R$ 3,4 milhões em verbas somente nos primeiros oito meses de 2018, segundo reportagem de Eduardo Militão, no portal Uol nesta terça-feira (11).
Marinho é membro do Conselho Fiscal, órgão interno para cuidar de temas como a "probidade administrativa e a transparência" da entidade no Sesc e foi um dos funcionários do governo que mais recebeu jetons.
Segundo a assessoria, ele participa do colegiado como representante do governo. A assessoria diz ainda que a a remuneração é justa, "pelos trabalhos desenvolvidos na qualidade de membro do conselho nos termos da legislação em vigor".
Após se tornar o homem forte de Bolsonaro para aprovar a reforma da previdência no Congresso, Marinho será agraciado nesta terça com o ministério do Desenvolvimento Regional.