O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, confirmou a autenticidade das gravações da chamada operação "spoofing", que investiga a invasão dos celulares de Moro, de procuradores e de outras autoridades da República.
Na decisão, onde determina que a 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal compartilhe com a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parte das mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato, Lewandowski cita relatório da Polícia Federal que mostra que os dados apreendidos na "spoofing" foram devidamente periciados e tiveram sua autenticidade comprovada.
"Todos os dispositivos arrecadados foram submetidos a exames pelo Serviço de Perícias em Informática do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que objetivaram a extração e análise do conteúdo do material, com a elaboração de Laudo Pericial de Informática Específico para cada item apreendido", diz o relatório.
"Dessa forma", prossegue o documento mencionado por Lewandowski, "qualquer alteração do conteúdo em anexo aos Laudos (remoção, acréscimo, alteração de arquivos ou parte de arquivos), bem como sua substituição por outro com teor diferente, pode ser detectada".
O Ministério Público Federal no Paraná repetiu inúmeras vezes não reconhecer a veracidade das mensagens divulgadas pela "Vaza Jato".
Três decisões judiciais de 2020 atestaram a integridade do material que revelou o conchavo entre procuradores e o ex-juiz Sergio Moro. Esta de Lewandowski foi a mais recente.
Com informações do Conjur