Em entrevista nesta quarta-feira (2) ao blog do Fausto Macedo, uma das porta-vozes do lavajatismo, Sergio Moro, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsoanro, disse que o contrato de sociedade com a consultoria estadunidense Alvares & Marsal (A&M) proíbe "expressamente" que ele trabalhe em casos de empresas que ele tenha julgado nos tempos em que atuava como juiz.
“O setor que atende essas empresas da Lava Jato é outro setor que não aquele que eu vou trabalhar”, disse Moro.
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Segundo ele, houve uma "confusão desnecessária" na divulgação de informações de que a A&M foi nomeada pela Justiça para atuar na recuperação judicial de empreiteiras investigadas pela Lava Jato, como os grupos Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão - com as duas primeiras, a consultoria tem contrato de mais de R$ 37 milhões.
Em tuíte, Moro diz que vai continuar sua "profissão de fé" de "fazer a coisa certa", mas ressalta que "atualmente, o setor privado é o mais promissor".
"A agenda anticorrupção continua no setor privado. Auxiliar as empresas em políticas de integridade e em fazer o que é certo. Atualmente, o setor privado é o mais promissor para avanços nessa área. “Fazer a coisa certa, sempre” é minha profissão de fé", tuitou.