O prefeito Marcelo Crivella foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral nesta quarta-feira (16) por abuso de poder político e conduta vedada em razão da milícia dos "Guardiões do Crivella", grupo formado por funcionários de cargos comissionados da Prefeitura que impedia a manifestação de pessoas contrárias à gestão do prefeito.
Segundo informações de Paulo Renato Soares, da TV Globo, o órgão pediu a condenação do prefeito, da candidata à vice, a tenente coronel Andrea Firmo, e do assessor especial de gabinete Marcos Luciano, além do pagamento de multa.
Caso condenados pelos crimes apontados pelo MPE, o trio ficaria inelegível por 8 anos.
O promotor Rogério Pacheco Alves aponta na denúncia que Crivella participava dos grupos em que os "guardiões" organizavam os ataques e, por isso, teve "a oportunidade de participar das conversas e acompanhar os relatórios publicados pelos funcionários".
A revelação da atuação do grupo foi feita pela TV Globo em agosto e mostrava que os envolvidos faziam plantão na porta de unidades de saúde da cidade para impedir reportagens que tivessem críticas contra o prefeito, além de atuarem como claque do prefeito e coagirem moradores a elogiar o bispo.