O governo de Jair Bolsonaro foi denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) na última sexta-feira (20) por sua postura em relação ao apagão no Amapá. A denúncia partiu de grupos quilombolas, que pedem a redistribuição imediata de energia e ajuda humanitária.
No documento, segundo a coluna de Jamil Chade, no UOL, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e Terra de Direitos solicitam à CIDH que atue para determinar ao governo brasileiro o "restabelecimento imediato dos serviços de distribuição de energia elétrica em todo Estado do Amapá, garantindo acesso ao serviço essencial a todas as comunidades quilombolas, inclusive aquelas privadas do fornecimento antes do apagão".
Os grupos pedem ainda que o governo brasileiro envie ajuda humanitária para as populações quilombolas afetadas, incluindo distribuição de água potável e alimentação, assim como acesso aos hospitais e a tratamento de saúde adequados.
A denúncia pede ajuda especificamente a cerca de duas mil famílias quilombolas amapaenses que habitam os municípios de Macapá, Calçoene e Santana.