A atriz Regina Duarte afirmou à Justiça, no processo que responde por fake news, que apenas fez uma "crítica de cunho político". A ex-secretária de Cultura de Jair Bolsonaro (Sem Partido) se referia ao post que fez em suas redes sociais na qual afirmava que Marisa Letícia Lula da Silva tinha R$ 256 milhões no banco.
Dona Marisa, que morreu em 2017, tinha, na verdade, R$ 26.281,74 em uma aplicação em CDBs (Certificado de Depósito Bancário) no Bradesco, de acordo com informações do processo de inventário.
A família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, viúvo de Dona Marisa, entrou com um processo contra a atriz exigindo uma indenização de R$ 131,4 mil por danos morais. "Regina Duarte maculou publicamente a memória da senhora Marisa Letícia Lula da Silva, que sempre foi uma pessoa correta, dedicada à família", afirmaram os advogados de Lula no processo.
Regina Duarte disse ainda, na defesa que apresentou à Justiça, que o post não era de sua autoria e que apenas o reproduziu. Afirmou também que o apagou assim que ficou esclarecido que Marisa não tinha R$ 256 milhões no banco.
"Os supostos esclarecimentos acerca dos CDBs foram protocolizados em juízo em 15.04.2020, ou seja, muito depois da publicação do post, em 11.04.2020", afirmou a atriz à Justiça.
Ela disse ainda que não cometeu nenhum abuso ao publicar o post e que o seu objetivo era cobrar esclarecimentos sobre a questão patrimonial da família Lula da Silva.
"Nesse cenário, tratou-se de uma crítica e um pedido de esclarecimento de cunho político", diz a atriz.
Os advogados de Lula afirmam que Regina Duarte foi "leviana" ao publicar o post sem realizar qualquer "averiguação" ou, ao menos, "ouvir" o presidente e seus familiares.
O processo ainda está em andamento.
Com informações da coluna de Rogério Gentili no UOL