Assessores de Damares repassaram dinheiro a jornalista Oswaldo Eustáquio, que chegou a ser preso pela PF

Bolsonarista foi detido no mesmo inquérito que levou à prisão a extremista Sara “Winter” Giromini, que investiga suposta organização criminosa que obteve ganhos econômicos e políticos com atos antidemocráticos no País

Foto: Luiz Alves- Ascom MMFDH
Escrito en POLÍTICA el

Ao menos quatro assessores da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, repassaram dinheiro para o jornalista Oswaldo Eustáquio, que chegou a ser preso ao tentar fugir do Brasil após ser investigado por relação com os atos antidemocráticos que pregavam fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo reportagem de Bela Megale e Aguirre Talento, nesta sexta-feira no jornal O Globo, a delegada da Polícia Federal Denisse Dias Ribeiro teria descoberto as transações financeiras a partir do depoimento de Sandra Mara Eustáquio, conhecida como Sandra Terena, esposa de Eustáquio e ex-secretária Políticas de Promoção da Igualdade Racial do ministério de Damares - ela foi exonerada após divulgação do inquérito que também a liga aos atos.

A delegada questiou Sanrda sobre diversos repasses, em valores inferiores a R$ 10 mil, a Eustáquio. Ela teria alegado, em parte, ao pagamento de empréstimos, mas preferiu ficar calada sobre questionamentos, como a suposta atuação de uma servidora do ministério que pagaria contas do casal.

Em um dos casos, a assessora de Damares teria pago o aluguel de R$ 5,3 mil da casa onde mora o casal em uma área nobre de Brasília.

Prisão
Oswaldo Eustáquio ficou preso por 10 dias entre junho e julho quando planejava fugir para o Paraguai.

Ele foi detido no mesmo inquérito que levou à prisão a extremista Sara “Winter” Giromini. Ambos são investigados por integrarem núcleo de suposta organização criminosa que visa obter ganhos econômicos e políticos com a divulgação e coordenação de atos antidemocráticos no País.