Kassio Nunes culpa "tradução" por erro em currículo sobre "postgrado" na Espanha

Indicado por Bolsonaro para vaga de Celso de Mello no STF, Kassio Nunes Marques mentiu ao incluir um "postgrado" na área de "Contratación Pública" no currículo disponível no site do TRF1. Universidade de La Corunã nega que exista tal curso na grade

O desembargador Kássio Nunes (Foto Ramon Pereira/Ascom-TRF1)
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que o desembargador Kassio Nunes Marques, indicado de Jair Bolsonaro à vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), teria admitido que não fez um curso de pós-graduação na Universidad de La Coruña, na Espanha e atribuiu o erro no currículo a um problema de "tradução".

Segundo reportagem de Vinicius Valfré, no jornal O Estado de S.Paulo, Nunes Marques relatou ao senador que o curso de cinco dias feito em 2014 seria um "postgrado", que ele diz ser um tipo de especialização sem paralelo com a pós-graduação nos moldes brasileiros.

"No entender dele é uma compreensão que não é correta, de ser pós-graduação. O que ele disse e está realmente no currículo dele é que ele fez um 'postgrado', em espanhol. É um curso que não é pós-graduação, na argumentação dele", disse Randolfe, após o encontro com o desembargador.

Em e-mail ao Estadão, a Universidade de La Corunã informa que não possui nenhum curso de "postgrado" na área de "Contratación Pública", que o magistrado diz ter cursado. Ainda segundo o jornal, o termo postgrado é, sim, pós-graduação nos moldes definidos no Brasil, o que denota que o desembargador mentiu em seu curriculo divulgado no site do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

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