O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) virou réu, nesta quinta-feira (29), pelo suposto recebimento de R$ 1,7 milhão em propinas da J&F durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2012.
O juiz eleitoral Marco Antonio Martin Vargas aceitou a denúncia do Ministério Público e o deputado vai responder pelos crimes de caixa dois, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Após a PF (Polícia Federal) concluir o inquérito da Operação Dark Side, que vasculhou a sede da Força Sindical e o gabinete de Paulinho da Força em julho, a denúncia foi apresentada no último dia 13, pela ‘Lava Jato Eleitoral’.
De acordo com os investigadores, as provas colhidas mostram que a J&F usou doleiros e notas frias para repassar as vantagens indevidas a Paulinho da Força, que usou a quantia para turbinar suas campanhas eleitorais.
O juiz destacou que os elementos trazidos pela Promotoria Eleitoral apontam ‘um conjunto convergente de indícios suficientemente seguro’ a indicar que Paulinho da Força ‘teria solicitado e recebido doações eleitorais não contabilizadas’ que somam R$ 1,7 milhão.
Além de aceitar a denúncia, o juiz também manteve o bloqueio de bens decretado na DarkSide contra Paulinho da Força e o escritório Vilela e Silva Gomes Advogados. Segundo Marco Antonio Vargas, a medida se faz necessária ‘após demonstração da existência de justa causa para instauração da ação penal’.
Com informações do Estadão