O ministro Mauro Campbell Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendeu a um pedido da defesa do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e derrubou a decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que havia declarado inelegibilidade do bispo afastado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
O magistrado concedeu "efeito suspensivo ao recurso ordinário" ao apontar que "afigura-se prudente, no caso, deferir a tutela de urgência, que vigorará até o julgamento do mérito por este Plenário". A inelegibilidade ainda não tem data para ser julgada no plenário do TSE.
Por 7 votos a zero, os desembargadores do Rio haviam decidido que o prefeito deveria ficar inelegível em razão da abuso de poder político em evento na Comlurb em que o filho do bispo, Marcelo Hodge Crivella, foi lançado como pré-candidato a deputado federal, em 2018.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) do Rio chegou a pedir a impugnação da candidatura em razão da decisão do TRE. A Justiça Eleitoral ainda não deu o aval para a candidatura do prefeito à reeleição.
Em nota enviada ao portal R7, Crivella celebrou a decisão: "Justiça foi feita". "Há dois anos eu fui a uma reunião do meu filho, com 50 pessoas, que já foi investigada pela CPI da Câmara, e fui inocentado, mas tinha me dado uma inegibilidade. Uma medida pesada, dura, duríssima, só por ir a uma reunião", disse ainda.