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O “dá cá” do governo, ou seja, a cobrança por apoio a deputados do centrão, deve começar pra valer já na semana que vem, na volta dos trabalhos do Legislativo.
O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), que é próximo ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), disse ao GLOBO que “precisa ser cobrada a fatura” dos parlamentares que receberam cargos para apoiar as votações, mas acabaram não apoiando o governo nos momentos necessários.
A “cobrança” tem sido tocada por ele e pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ao longo deste mês e vai se intensificar no retorno do Congresso.
Diversos parlamentares que integram o chamado “centrão” conseguiram cargos para correligionários em ministérios ou na estrutura federal nos estados para apoiar o governo, mas nem sempre votaram alinhados com Bolsonaro.
“Esses cargos foram distribuídos pelos ministros, ou seja, pelos ministérios visando contemplar alguns deputados, certo? E para alguns correligionários, para que não se pense que alguns desses cargos foram para amigos fora do parlamento”, explicou Otoni.
O deputado, porém, não quis dizer quais deputados serão cobrados: “Muita gente ali do centrão. Pega todo o centrão”.
Para deixar bem claro, o deputado ainda completou: “O plano (para a recomposição da base) é a gente cobrar o que foi entregue a alguns deputados e depois eles não se consideraram da base. Precisa ser cobrada a fatura. Não pode receber o bônus e não ficar com o ônus. Eu que vou auxiliar ele (ministro) a cobrar a fatura”.
Com informações do Globo