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Benedito Guimarães Aguiar Neto, o novo presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão ligado ao Ministério da Educação, defende a abordagem educacional do criacionismo em "contraponto à teoria da evolução". O evangélico foi reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie a partir de 2011 e foi nomeado nesta sexta-feira (24) para compor o governo Bolsonaro.
Em 2019, Aguiar Neto anunciou que o Mackenzie ampliaria os estudos do "design inteligente", a uma roupagem contemporânea do criacionismo, que defende uma abordagem teológica da origem do universo.
O Mackenzie, desde 2017, tem um núcleo de estudos sobre isso. O termo "design inteligente" tem sido usado exatamente nas discussões que advogam a abordagem do tema na educação. Seus defensores acham que a teoria da evolução não é o suficiente para explicar a origem de tudo.
É um consenso na comunidade científica de que design inteligente ou criacionismo não são ciências. O governo do Reino Unido proibiu, em 2014, o ensino do criacionismo, ou "design inteligente", como teoria científica em escolas e universidades públicas.
O Mackenzie chegou a realizar um congresso sobre design inteligente, em outubro do ano passado. Na época, Aguiar Neto chamou a atenção por querer introduzir os assuntos no currículo.
"Queremos colocar um contraponto à teoria da evolução e disseminar que a ideia da existência de um design inteligente pode estar presente a partir da educação básica, de uma maneira que podemos, com argumentos científicos, discutir o criacionismo", disse à época.
O novo diretor da Capes é mestre em engenharia elétrica pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba), doutor na Área pela Technische Universita Berlin, na Alemanha, e pós-doutorado pela Universidade de Washington, nos EUA. Já Foi presidente do CRUB (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras) e da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas.