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Discípulo de Olavo de Carvalho, o ator Carlos Vereza, apresentador da série "Plano Sequência", da TV Escola, afirmou que avalia participar da "equipe" de Regina Duarte na Secretaria de Cultura. Vereza, que também é apoiador de Jair Bolsonaro, foi um dos cotados para substituir Roberto Alvim, ex-secretário da pasta, após a polêmica com vídeo de referência nazista.
“Deixa ela chegar lá primeiro. A Regina dá conta, é muito ativa", disse o ator à coluna de Mônica Bergamo desta terça-feira (21), da Folha de S. Paulo, ao comentar que está "estudando" entrar para o governo Bolsonaro. Para ele, o presidente acertou na escolha pela atriz. "Ela é uma pessoa do bem. Acho prudente da parte dela primeiro tomar conhecimento da secretaria. Ela é pacifista, é uma belíssima escolha”, comemorou.
Regina já participou de entrevista no "Plano Sequência", apresentado por Vereza. Na ocasião, em novembro de 2019, a atriz chegou a afirmar que “a arte não tem ideologia. A arte não pode ter ideologia” e que a cultura é um quebra-cabeça “complicadíssimo” e o Brasil, “um país imenso com expressões culturais variadas”.
Ex-militante de esquerda
Antes de ser bolsonarista, conservadora e apoiar uma arte "sem ideologia", Regina Duarte já foi militante de esquerda contra a ditadura militar, sendo vista como uma "infiltrada na TV" pela extinta DSI (Divisão de Segurança e Informações). À época, maio de 1982, a atriz fazia parte do elenco da novela "Sétimo Sentido", da TV Globo.
Regina já viajou a Cuba para ser homenageada pela associação cultural "Casa de Las Américas", em 1984. Durante a visita, foi recebida por Fidel Castro, um dos principais nomes da revolução cubana. Segundo a DSI, a atriz "considera Fidel Castro um dos maiores estadistas do mundo" e "defende o reatamento das relações entre o Brasil e aquele país". A atriz também já disse se identificar com autoras feministas famosas, como Simone de Beauvoir e Maria da Conceição Tavares, ex-deputada pelo PT.