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O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE), confirmou em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo neste sábado (11) que o principal motivo que levou à briga interna do partido foi a disputa pelo dinheiro do fundo partidário. Só em 2019, o PSL recebeu mais de R$ 87 milhões, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Olha, há quem diga que o dinheiro traz tudo, mas o dinheiro traz também um pouco de maldição. As pessoas ficam ensandecidas. No momento em que o PSL tem um fundo partidário, a cúpula do governo ficou ensandecida para pegar esse dinheiro. Acho uma coisa abominável isso", disse Bivar.
Questionado sobre sua relação com Bolsonaro depois da racha no partido, o pernambucano disse que "as coisas não estão andando" e não economizou nas críticas ao presidente.
"Você vê que o governo não tem a habilidade para fazer as reformas que a gente precisa por uma questão de que se preocupa com coisas que não fazem sentido. Se preocupa mais com os costumes e o conservadorismo que com a economia propriamente dita", completou.
A briga entre os dois se acirrou em outubro, quando Bolsonaro disse a um apoiador, na saída do Palácio da Alvorada, que Bivar estava "queimado para caramba". "Vai queimar o meu filme também. Esquece cara. Esquece o partido", disse.