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Contrariado por não ter a ordem de censura obedecida, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) enviou fiscais à Bienal do Livro no início da tarde desta sexta-feira (6) para atuarem como censores, sob as ordens do secretário municipal de Ordem Pública, o coronel Wolney Dias, que é ex-comandante da Polícia Militar.
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Dias disse que o objetivo da visita era verificar a denúncia de que livros impróprios para menores de idade estão sendo vendidos na Bienal. "Não é censura. Estamos cumprindo uma recomendação da Procuradoria Geral do Município", disse, esquivando-se das ordens emanadas por Crivella.
No entanto, os censores de Crivella terão dificuldades de encontrar a HQ da Marvel, “Vingadores, a cruzada das crianças”. A censura imposta pelo prefeito estimulou as vendas e todos os exemplares que estavam à venda em diferentes estandes se esgotaram em pouco mais de meia hora, na manhã desta sexta-feira (6).
Em nota, a direção da Bienal já havia dito que não iria retirar os livros e que daria voz “a todos os públicos, sem distinção, como uma democracia deve ser”.
“Este é um festival plural, onde todos são bem-vindos e estão representados. Inclusive, no próximo fim de semana, a Bienal do Livro terá três painéis para debater a literatura Trans e LGBTQA+. A direção do festival entende que, caso um visitante adquira uma obra que não o agrade, ele tem todo o direito de solicitar a troca do produto, como prevê o Código de Defesa do Consumidor”, acrescenta a nota.