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POLÍTICA
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O passado está cada vez mais presente no Brasil. Além de exaltar a ditadura militar e tudo de pior que existiu nos anos de chumbo, Jair Bolsonaro agora flerta com outra período histórico do país. Ao clamar aos brasileiros para saírem às ruas no próximo sábado (7) vestindo verde e amarelo, o presidente repete o gesto de Fernando Collor de Mello. Assim como o atual chefe do Executivo, Collor também estava com índices baixos de popularidade na época e acabou vendo o seu apelo tonar-se uma grande onda de oposição.
Em 1992, em reposta ao presidente, jovens de todo o Brasil saíram as ruas vestindo preto e com as caras pintadas com as cores da bandeira nacional. É esse gesto que a União Nacional do Estudantes (UNE) e outros movimentos estão querendo reviver.
Diferentemente de 27 anos atrás, as redes sociais amplificam essa mobilização popular. Com isso a hashtag #Dia7EuVoudePreto alcançou o primeiro lugar dos assuntos mais comentados no Twitter nesta quarta-feira (4).
A UNE lançou uma campanha intitulada de “Caras-Pintadas Voltarão” e diversas personalidades aderiram à campanha utilizando a hashtag.
Economia pra quem, Ministro? Devolva as bolsas do CNPQ! #Dia7EuVouDePreto
— Jandira Feghali (@jandira_feghali) September 4, 2019
Jair Bolsonaro já ofendeu a memória de muitas famílias de torturados e desaparecidos pela ditadura no Brasil. Agora, está internacionalizando seu ódio até para a família da ex-presidenta chilena Bachelet. Além de mentiroso e incompetente, é um homem perverso. #Dia7EuVouDePreto
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) September 4, 2019
Segundo a revista científica Nature Sustainability, a Amazônia brasileira perdeu mais de uma Alemanha em área de floresta entre 2000 e 2017 se o projeto de Bolsonaro continuar, até quando a floresta irá sobreviver? #Dia7EuVouDePreto
— UNE (@uneoficial) September 4, 2019