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O trio de assessores comandados pelo vereador Carlos Bolsonaro no Planalto não tem mais o prestígio que tinha anteriormente. Segundo Thais Arbex e Gustavo Uribe, da Folha, o chamado "gabinete da raiva" é agora visto como responsável pelo mau desempenho de Bolsonaro em pesquisas de opinião e as sugestões tem sido deixadas de lado.
Formada por Tercio Arnaud Tomaz, 31, José Matheus Salles Gomes, 26, e Mateus Matos Diniz, 25, a trinca foi indicada pelo filho "02" do presidente com o objetivo de pensar estratégias para que Bolsonaro possa manter uma militância efusiva nas redes sociais. Dessa maneira, eles eram ouvidos em momentos chave e ditavam ordens para o capitão.
No entanto, alguns setores, como os militares, apontam que eles são os grandes responsáveis pela disparada na reprovação de Bolsonaro em pesquisas de opinião. O mês de julho é visto como crucial por parcelas do Planalto, que afirmam que nesse momento os seguidores de Carluxo promoveram uma escalada de radicalização no discurso do presidente.
Até aquele mês, os assessores eram menosprezados pelo núcleo duro do governo, mas a partir daí, passaram a abrir os olhos para as ações de Carlos Bolsonaro dentro do Planalto. "Com salários que variam de R$ 10 mil a R$ 13,6 mil, os três eram tidos como jovens e inexperientes demais para influenciar a cabeça de quem ocupou o cargo de deputado federal por sete mandatos", diz a Folha.
Segundo fontes do governo, o trio da raiva influenciou Bolsonaro na demissão de Gustavo Bebianno (Secretaria Geral) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), dois desafetos de Carluxo.
Tercio e José Matheus atuaram durante a campanha eleitoral e comandam uma página de apoio ao presidente no Facebook.