Procuradora que queria impeachment Gilmar Mendes escalou time para o STF: Moro, Bretas, Carvalhosa e Janaína Paschoal

Thaméa Danelon, exposta pela Vaza Jato ajudando o advogado conservador Modesto Carvalhosa em texto do impeachment de Gilmar Mendes, sonhava em vê-lo ao lado de Moro no Supremo

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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A procuradora Thaméa Danelon, que apareceu nas últimas revelações da Vaza Jato colaborando ilegalmente com o advogado Modesto Carvalhosa na redação de pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STG), Gilmar Mendes, fez um postagem no Twitter no dia 2 de setembro deste ano "escalando" seu STF ideal, com Carvalhosa, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, o juiz federal Marcelo Bretas e a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP). "Imaginem um STF com os seguintes integrantes: Dr. Sérgio Moro, Dr. Marcelo Bretas, Dra. Janaína Paschoal e o Prof. Dr. Modesto Carvalhosa. Com certeza teríamos um outro Brasil", publicou a procuradora do MPF em sua rede social. Em mensagem enviada ao procurador Deltan Dallagnol, coodenador da Operação Lava Jato, revelada pelo colunista Reinaldo Azevedo, Danelon comenta que o advogado conservador entrou em contato para pedir para ela "minutar" o texto do impeachment de Mendes. “O Professor Carvalhosa [Modesto Carvalhosa, advogado] vai arguir o impeachment de Gilmar. Ele pediu para eu minutar para ele”, disse a procuradora. Dallagnol comemorou e ainda sugeriu que poderia atuar na revisão. A atuação seria ilegal porque a procuradora da República, funcionária da União, “passa, na prática e por baixo dos panos, a atuar a serviço de um advogado”, segundo Azevedo. Danelon é cogitada pelo novo PGR, Augusto Aras, para coordenar a Lava Jato nacionalmente durante seu mandato.