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A senadora Selma Arruda (PSL-MT) publicou nesta terça-feira (10) uma nota afirmando que "está avaliando" deixar o PSL devido a "divergências internas". A principal causa, segundo ela, é a "pressão partidária" promovida pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e pelo presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PSL-PE), para que parlamentares da sigla retirem suas assinaturas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que pretende investigar membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A senadora Juíza Selma esclarece que devido a divergências políticas internas, entre elas a pressão partidária pela derrubada da CPI da Lava Toga, está avaliando a possibilidade de não permanecer no PSL”, disse em nota. Ela ainda afirmou que já recebeu convites de outras legendas e que seguirá apoiando o governo Bolsonaro.
Na segunda-feira (9), bolsonaristas insatisfeitos com a postura de Flávio lançaram a hashtag #AssinaFlavioBolsonaro em que criticavam o pedido do senador e cobravam que ele colocasse seu nome na lista dos que pediam a abertura da comissão.
As 27 assinaturas necessárias para a instalação da comissão no Senado haviam sido conseguidas na última semana, mas, na segunda-feira, a senadora Maria do Carmo (DEM-SE) recuou. Flávio e Bivar estariam na empreitada de derrubar a Lava Toga junto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente do STF, Dias Toffoli.
Senadora cassada
O mandato de Selma, ex-juíza federal e conhecida como "Moro de saias" pelo seu discurso anticorrupção, foi cassado em primeira instância pelo TRE-MT por caixa 2 e abuso de poder econômico. Ela recorre do processo e segue com o mandato, por enquanto. O PSL, inclusive, a indicou para presidir a Comissão de Ética do Senado.