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Pivô de investigação da Polícia Federal que analisa denúncia de candidaturas laranjas no PSL de MG, o ministro do Turismo, Marcelo Álvao Antônio, declarou que o presidente Jair Bolsonaro nunca quis saber o que aconteceu e que seus assuntos são "100% é de trabalho". Segundo ele, Bolsonaro defende a presunção de inocência.
"O presidente nunca veio me pedir explicações sobre o caso. Ele não vai se basear pela minha palavra ou de qualquer pessoa, mas se basear na conclusão do inquérito. Ele disse que se existir culpa vai tomar as providências, se não houver, acredito que a gente segue trabalhando normal", disse Álvaro à jornalista Jussara Soares, do O Globo.
Álvaro, que é acusado de chefiar esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais enquanto chefiava o PSL, diz que nunca orientou as candidatas "fake". "Nunca orientei nenhum assessor para que fizesse qualquer proposta indevida. Tenho minha consciência 100% tranquila", declarou.
Questionado sobre como se mantém no cargo mesmo com as denúncias, Álvaro disse que "o presidente é uma das pessoas mais coerentes e justas" que conheceu. "Ele está partindo do princípio da presunção de inocência. Estou sendo investigado há meses pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, por alguns órgãos de imprensa, e eu pergunto: o que tem de concreto contra mim? Me aponte uma só situação que me atribui qualquer procedimento inadequado. Eu acredito que o presidente olha para mim e pensa: 'Eu não vou exonerar um ministro por denúncias que não têm a mínima comprovação'", avaliou.