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As mensagens de Telegram obtidas pelo site Intercept Brasil e divulgadas em uma série de reportagens que ficaram conhecidas como "Vaza Jato" não são, até o momento, objeto de investigação dos órgãos oficiais. Autoridades evitam considerar o material como prova sob argumento de que falta confirmar autenticidade.
Até então, a investigação tem focado apenas nas circunstâncias da invasão dos hackers nas contas de Telegram. A Polícia Federal prendeu quatro suspeitos, sendo um deles Walter Delgatti Neto, responsável por entrar no aplicativo dos procuradores e repassá-las ao jornalista Glenn Greenwald, do Intercept.
Neste domingo (18), um novo lote de conversas foi divulgado pelo The Intercept Brasil e pela Folha de S. Paulo, reforçando as ilegalidades cometidas por procuradores do núcleo da operação Lava Jato. Além de terem estabelecido um conluio com o ex-juiz Sérgio Moro para, de forma questionável, levar o ex-presidente Lula à prisão, terem se beneficiado com dinheiro em palestras para empresas que eram investigadas na operação e terem incentivado ilegalmente a investigação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Deltan Dallagnol e outros procuradores agiram ao arrepio da lei para obter dados sigilosos da Receita Federal de pessoas que queriam investigar.
Os novos chats de Telegram apontam que, em inúmeras ocasiões, o núcleo da Lava Jato procurou saber da vida fiscal de pessoas próximas a suspeitos investigados na operação, muitas vezes sem que houvesse qualquer indício de que essas pessoas tivessem cometido ilegalidades. Os dados eram solicitados de maneira “informal” – isto é, sem autorização judicial – a Roberto Leonel, auditor fiscal da Receita até o ano de 2018. Em 2019, no governo de Jair Bolsonaro, Leonel se tornou presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Com informações da Folha de S.Paulo.