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Na tentativa de ter uma vitória robusta no Senado e emplacar o filho Eduardo na embaixada dos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro entrou no jogo político da "troca de favores" e irá distribuir cargos em aberto a aliados. No entanto, o preço desse "jogo político" tem chamado atenção, pois alguns dos cargos correspondem à órgãos do governo federal cujo orçamento de 2019 soma quase R$ 2,5 bilhões. Votação no plenário, que poderá ser secreta, ainda está sem data prevista.
Em negociação estão, especialmente, agências reguladoras e cargos de destaque em superintendências e órgãos da União nos estados. Acordos a respeito vêm sendo costurados em conversas pelos corredores, gabinetes, em reuniões de fachada ou secretas. De acordo com pessoas próximas de Bolsonaro, a vontade de ver o filho 03 na embaixada teria passado à frente até da aprovação da Previdência no Senado, conforme apurado pelo Huffpost.
Mesmo com os afagos que Bolsonaro tem distribuído às legendas, as conversas do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, com as bancadas partidárias demonstram que não há jogo fácil para a aprovação de Eduardo no radar.
No PP, por exemplo, são dois votos a favor, um contra e dois indecisos. As discussões vão se desenrolar sobre a súmula vinculante número 13 do STF, que veda a indicação de familiares para cargos administrativos, mas deixa brecha para a escolha de ocupantes de postos políticos.